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A importância de ter foco

Acho que seria interessante começar este post com algumas perguntas:


  • Por que existem tantas pessoas que querem tirar notas boas, mas não estudam mais ou não tiram mesmo estudando?

  • Por que querem resolver um problema que está incomodando por meses no trabalho ou em casa, mas não resolvem?

  • Por que sonham em aprender a cozinhar ou a tocar algum instrumento, mas não tiram um tempo do dia ou da semana para aprender?

  • Por que, mesmo sabendo que adquirindo algumas habilidades (fluência em inglês, informática, empreendedorismo ...), estariam abrindo as portas para novas oportunidades e mesmo assim não correm atrás de adquiri-las?

  • Enfim, porque as pessoas não correm atrás daquilo que irá lhes trazer uma melhor qualidade de vida?


Seria motivação a resposta? Uma melhor qualidade de vida não é motivação suficiente? A motivação não pode ser esquecida, talvez seja o caso até de anotar em algum lugar onde possa olhar quando sentir que ela está diminuindo, porém, muitas vezes, a motivação só gera resultado quando combinada com FOCO.


O autor do livro “FOCO” fala que precisamos aprimorar nosso foco para prosperar no mundo complexo em que vivemos. O sucesso de uma pessoa, está diretamente relacionado a sua capacidade de ter foco. Quando não se tem foco, é comum que atividades fiquem “engavetadas” ou, no final do dia, mesmo tendo trabalhado muito nessa atividade, não ter resultados expressivos.


Na vida, várias atividades requerem o nosso foco: estudar, trabalhar ou até praticar algum hobby. Às vezes as pessoas associam alguém que tira boas notas, tem um bom emprego, é fluente em outras línguas ou sabe tocar um instrumento musical, como sendo uma pessoa inteligente ou que tem um dom, mas geralmente se trata de uma pessoa que trabalha de forma focada naquilo que ela quer.


Trabalho focado (deep work) é a atividade profissional, realizada em um estado de concentração livre de distrações que levam suas capacidades cognitivas ao limite. Esse esforço cria novo valor, melhora suas habilidades e é difícil de replicar.


Antes de prosseguir, eu não quero perguntar SE você tem algo em que gostaria de dedicar (ou dedicar mais) tempo, mas sim EM QUE você gostaria de dedicar esse tempo (e ter foco). Pergunto isso porque a maioria de nós temos esse desejo, seja qual for a atividade que escolhemos.


Se você já sabe em que você quer investir seu tempo, apenas comece. Às vezes começar é etapa mais difícil do processo. Pessoas não conseguem começar um projeto pessoal, ficam procrastinando, se escondendo atrás de “dificuldades” e perfeccionismos que só atrapalham. No fim, perdem prazos e oportunidades dando voltas em problemas que, muitas vezes, se assemelham mais a detalhes do que a algo realmente relevante naquele momento. As coisas podem não ser perfeitas logo de início (inclusive, aprender com os erros é totalmente aceitável), mas a prática leva a perfeição e os problemas podem ser corrigidos com o tempo.


Agora responda, quantas horas do seu dia ou semana você dedica a essa atividade? Para enxergar melhor, eu sugiro que anote em algum lugar a sua rotina diária. Das 24 horas do dia, anote quantas horas você passa dormindo, comendo, tomando banho, se deslocando entre trabalho ou escola e sua casa, trabalhando, estudando, praticando exercícios, descansando…


Sua atividade está entre essas que você anotou? Se a resposta for não, será que não dá para encaixar um horário (30 minutos, 1 hora, 2 horas ...) do seu dia para isso? Acho que vale a pena tentar.


Falando de inimigos, uma das maiores (senão a maior) inimiga do foco é a interrupção. O livro “Faça o Tempo Trabalhar para Você” menciona que demora de 7 a 14 minutos para voltarmos a focar no trabalho que estávamos fazendo após uma interrupção. Isso quer dizer que, se durante o dia, uma pessoa for interrompida 27 vezes, ela pode estar perdendo (gastando em média 10 min por interrupção) 4 horas e meia de trabalho. Imagina quanta falta fazem 4 quatro horas e meia por dia na vida de uma pessoa. Tempo esse que não terá como ser compensado. Melhor evitar não é mesmo?


Existem várias formas de interrupção quando queremos ter foco: criança chorando, cachorro latindo, alguém que vem falar com você, alguém assistindo televisão no cômodo ao lado ou batendo panela, etc.


Duas vezes por ano, durante uma semana, Bill Gates se isola numa cabana na floresta sem smartphone ou nenhum outro tipo de eletrônico. Ele tira essas semanas, que ele chama de think week, isolado do mundo (com exceção, por exemplo, de uma pessoa que traz comida), para ler, estudar e planejar as ações que irá tomar em seus projetos. Tudo isso para manter o foco e evitar interrupções.


É preciso criar o ambiente onde você irá se concentrar no trabalho a ser feito. Para isso você deve escolher local e horário de forma a minimizar as interrupções. Aquele local tranquilo no horário que você sabe que as crianças estão na escola, o cachorro está dormindo e ninguém irá te incomodar. Mesmo que tenha mais pessoas no local (pode ser onde você mora ou trabalha), é importante deixar claro que você não quer ser interrompido.


Lembre-se, esse é o momento para fazer aquilo e somente aquilo que você planejou. Algumas pessoas se orgulham em conseguir fazer várias atividades ao mesmo tempo, mas, no geral, multitarefas não é visto como algo eficiente, pois já foi provado cientificamente que nosso cérebro não é multitarefa!




Depois de limpar a área de interrupções que estão a sua volta, falta um dos piores meios de interrupções já criado pelo homem, aquele que fica no seu bolso: o smartphone (celular ou telefone para os íntimos). Sim, com um aparelho cheio de redes sociais, acesso a internet e tantos outros apps. As pessoas têm uma necessidade extrema de verificar o que fez a luzinha do smartphone ficar piscando...


Calma, ninguém está pedindo para você se desfazer de um aparelho tão útil (inclusive pode virar tema de outro post). Descansar a mente, relaxar, dormir bem, se alimentar bem são práticas necessárias para recuperar a energia e te deixar pronto para mais. Porém eu pergunto, por mais interessante que seja, realmente é necessário ver o vídeo engraçado de um gato dançando que alguém lhe enviou, ou a foto do seu priminho de 1 ano enviado pela sua tia no grupo de família, ou até mesmo a discussão filosófica que está acontecendo no grupo de amigos no exato momento que você recebe a mensagem?


Em um cenário onde você está buscando se concentrar em outra atividade mais importante, eu diria que a resposta é NÃO. Todas essas mensagens, imagens, áudios e vídeos vão estar lá no mesmo lugar quando você tirar um tempo para descansar. Porque então não silenciar as notificações de apps e grupos que não são urgentes? Mesmo que você precise do smartphone para trabalhar e não for possível silenciar TODAS as notificações, o ideal seria silenciar todas as notificações possíveis. Eu recomendo que você (se já não fez) faça isso agora. Acredite, essas interrupções interferem até no seu horário de lazer.


Além de criar o ambiente de trabalho e silenciar as notificações, você pode também:


  • Criar uma lista de tarefas a serem feitas (to-do-list);

  • Medir (se possível) diariamente o seu progresso;

  • Utilizar alguma técnica de gestão de tempo ou produtividade (ex: pomodoro);

  • Utilizar apps ou extensões de navegador que bloqueiam mídias sociais por um período definido;

  • Utilizar apps que incentivam a não usar o smartphone por um período definido;

  • Utilizar algum outro método que você conhece, já utilizou e viu que funciona.


Por fim, espero que tenha foco e sucesso nas suas atividades.


Abraços.


Referencias:




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