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Quais as Empresas que usam as Pessoas Certas?


Highlight da semana de 26/01/2021 a 03 de fevereiro de 2022.


TEMA da semana:


Quais as Empresas que usam as Pessoas Certas?


Fui desafiado pelo meu filho mais velho a escrever uma continuação à postagem feita na semana passada. Desafio aceito...


Se você não leu a referida postagem, seria bom ler para concatenar as coisas mais facilmente.


Estudo o futuro da tecnologia e da sociedade (mais especificamente o futuro da tecnologia e do trabalho) desde o final do meu Pós-Doc. Nele, trabalhando num laboratório do IEETA (Institute of Electronics and Informatics Engineering of Aveiro) em colaboração com a Microsoft Portugal, participei do desenvolvimento de uma APP (prova de conceito) para estimular o turismo a pé de idosos de forma preditiva e personalizada, usando gamificação. Além desse contato específico com os idosos, tive uma série de possibilidades de "bisbilhotar" outros projetos, como os para a criação de ambientes do tipo AAL (Ambient Assisted Living - Ambiente de Vida Assistido), ou seja, um ambiente onde a vida é facilitada para as pessoas através da tecnologia. Ao imaginar o futuro disso tudo, foi fácil começar a me perguntar como seria a nossa futura sociedade e quais as habilidades necessárias para viver e trabalhar nela.


Para esse texto, considerei 6 livros que li (os dois últimos estou no final, um lendo e outro ouvindo...). É, faço essas coisas de ler mais de um ao mesmo tempo rsrsrs. São eles:

  1. How the Might Fall, Jim Collins

  2. Good to Great, Jim Collins

  3. Reinventing Organizations, Frederic Laloux

  4. O Poder Do Empowerment, Doug Kirkpatrick

  5. Holacracia, Brian J. Robertson

As duas coisas que aparecem em todos eles é que a única parte constante do futuro é a mudança. Junto disso o fato de que a velocidade com que essa mudança acontece está em franco aumento, sem nenhum indício de que vá haver alguma desaceleração em breve.


Num mundo mais rápido, obviamente, precisaremos de mais agilidade, clareza e informação para uma tomada de decisão mais acertada. Em alta velocidade, tomar a decisão errada normalmente leva ao desastre ou a algo bem próximo. Por isso, a sugestão é inovar, testar e oferecer produtos/serviços em passos pequenos, porém contínuos. Ou seja, o obvio!


Mas, como costumo dizer, o obvio bloqueia o nosso interesse! Quando ouvimos que algo é óbvio, parece que nossa mente bloqueia o interesse em ouvir falar daquilo, pois me impressiona a quantidade de pessoas e negócios que simplesmente não implementam o óbvio.


Outra coisa que me parece óbvia, é que coisas grandes e complexas não são ágeis, portanto, grandes empresas constituídas por uma hierarquia rígida e complexa (normalmente em forma de pirâmide), não podem, por mais que desejem, serem ágeis. Logo, isso é um fator mortal para o ambiente do século 21 desenhado pelos autores citados acima. Precisamos diminuir o tamanho das empresas? Bem, precisamos reorganizar essas empresas para que possam se subdividir em times menores e, portanto, mais ágeis. Mas, se os times menores ficarem presos à antiga hierarquia, não haverá ganho em agilidade. Esses times precisam de AUTONOMIA para que possam, de forma ágil, rápida e clara, responder às mudanças que acontecem com os clientes. A ideia é que esses grupos estejam realizando trabalho com informações diretas dos consumidores em tempo real.


O danado do problema é a tal da AUTONOMIA! É como dizer ao alto escalão para jogar fora todo o poder e o controle que conseguiram depois de anos de esfoço. É necessário observar que, com o poder, também vem o peso da responsabilidade e a enormidade de tarefas a serem feitas. Então, não seria jogar fora o poder e o controle, mas abordá-lo de forma profundamente diferente e, com isso, ganhar um alívio nas responsabilidades e na quantidade de tarefas. Ao invés de usar o poder para mandar, eles o usarão para unir, agregar, divulgar a cultura, acentuar o propósito da organização e o seu alinhamento com o propósito dos colaboradores entre outras coisas. Uma tarefa difícil, mas não impossível, especialmente quando consideramos a possibilidade dessa caixa no organograma original, simplesmente desaparecer em breve.


Do mesmo modo, para a base da pirâmide, o problema da AUTONOMIA é algo difícil, pois eles ascenderão em responsabilidades e em novas tarefas, atreladas a um fator adicional muito diverso do antigo ambiente de trabalho, a tomada de decisão. Não haverá mais a possibilidade de terceirizar a responsabilidade para um "chefe", pois ele simplesmente não existe. Dessa forma, é necessário que esses profissionais cresçam individualmente, tanto na esfera pessoal quando na profissional, e que continuem a fazê-lo continuamente. Ou seja, essas pessoas deverão adotar o perfil das "Pessoas Certas"!


Nas "Empresas Certas", as pessoas vão precisar ser relevantes e criarem autoridade para serem respeitados pelo que são e pelo que sabem, ao invés de pelo cargo que ocupam. As pessoas serão empoderadas!


Assim, as Empresas Certas adotam, em parte ou inteiramente, o paradigma da autogestão. Nelas, deverão trabalhar as Pessoas Certas (nos lugares certos, obviamente) as quais adotam um perfil autogerenciável. Mais uma junção de vários "autos" (ou self) tão comuns ao ambiente do século 21.


O TechSocial, com seu conteúdo e serviços, pretende motivar as pessoas, independente de faixa etária e posicionamento na carreira, a encarar o desafio de sobreviver em um mundo BANI (Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível).


A função do Highlight é mostrar a transdisciplinaridade e a interdisciplinaridade necessária para navegar no Ambiente 21 (A21), agregando os mais variados assuntos sob vários pontos de vista, para que você perceba as conexões que, muitas vezes, não estão muito claras.



Um grande abraço e até a próxima semana...




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